Salto agora para a Currais Novos dos anos 20, quando a região ainda era dominada pelos coronéis, guardadores da Milícia de Feijó que, tanto no Império quanto na primeira república, tiveram seus valores, mesmo contestados e combatidos, mas o fato é que eles representaram uma realidade, realidade esta gritante, onde eles, ricos e poderosos, conviviam em contraste com o grosso da população, que levava vida miseranda e lhe era submissa.
Foco a Currais Novos pelos lados da Rua do Comércio, com seus becos memoráveis e vielas estreitíssimas, minguadas, esguias, a contracenar com a Rua Grande e a Avenida, em derredor da Matriz de Santana. Nesse tempo esquálido, Currais Novos passara a cidade, por obra e graça do deputado Francisco Ivo Cavalcanti, que nem conhecia direito a nossa cidade, mas que por interferências, quem sabe de amizades ou mesmo políticas, colocou Currais Novos no mapa do Brasil, assim se desfazendo o sonho do Acari, de ter Currais Novos sempre como sua eterna dependente.
Ainda não existia a Praça Cristo Rei - nem em sonhos - mas o nosso velho mercado já estava lá havia vinte anos.
Derrubados os quartos que serviam de casas comerciais, iniciou-se uma nova era na cidade. Acabou-se a Rua do Comércio, ergueram um monumento a Cristo Rei e um outro a Ulisses Telêmaco, afastados os dois, mas frente a frente; aproveitaram e puseram de pé a praça.
Tempos depois, o progresso, esse tirano indizível, colocou por terra a Rua do Boi Choco, de Rita Palitot, tendo em seu lugar surgido a nova Rua do Comércio, que mais tarde tomou o nome de João Pessoa. Com ela desaparecia também a legendária bodega do velho Galvão, a Pensão Popular, etc.
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