sexta-feira, 28 de agosto de 2015

MEMÓRIAS URBANAS

(Bodega de Abel Pereira - velho Mercado Público - na foto: da esquerda para a direita: Padre Hudson Brandão dando á benção, a menina Jarda Jacinta, Jaime Xavier, (?), Abel Pereira, Joventino Pereira e Dadá, escorado ao balcão).  


Dia desses fui provocado por um amigo a tecer algumas linhas sobre as antigas bodegas de Currais Novos, não naquelas bodegas de muito, de muito dantes, coisa dos anos 20/30/40, que sequer cheguei a conhecer, pois idade para isso, nunca tive. Mas as bodegas surgidas ou existentes, nos tempos em que eu comecei a me passar por gente, sim, essas sim, de 1965 para cá, são muitas, coisa de muita monta e de que a muito jaziam esquecidas na poeira do tempo.

Iniciei com um texto miúdo de página e meia, e hoje já se vão mais de 14 páginas latejando sobre o mesmo mote, mas com admoestação: as personagens vão sempre mudando, conforme a rua e o bairro onde a tasca achava-se assentada.

E o assunto bodega, que imaginava "cá com meus botões", se resumia tão somente a compra e venda de mercadorias e alguns casos engraçados ocorridos em suas dependências, muda completamente, porque a partir daí, passa-se a dar formas ao texto, através das pessoas envolvidas, e a dilatar o tema através da garimpagem boca/ouvido. Escutar mais do que falar, eis a mola oculta para se escrever ou falar sobre qualquer tema.

Próximo ano, quem sabe na Festa de Santana, estarei lançando um livreto ilustrado sobre as nossas antigas bodegas, para que tanto elas como os seus antigos donos não caiam na sempre e repetida vala-comum do esquecimento coletivo.





  


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